Outro salto no tempo... Falaremos de presente. O usuário permite-se (no auge de sua
drogadição) a coisas inimagináveis. E, de uma hora para outra, vê-se num total descontrole de suas
ações e emoções. Enfim... Rouba, Furta, engana, mente...
Com nosso "Herói" isso não foi diferente. Futuramente inclusive falaremos mais um pouco sobre isso, pois, o processo catártico de todo essa "epopéia"que relatamos aqui, se deu nessa hora em que ele se viu fazendo coisas e se perguntou: "Serei isso eu de agora em diante?"... Mas, isso é assunto para outro
post.
Vamos falar de estigma.
Os
atos, ficam marcados. Em sua consciência. Na consciência alheia (principalmente dos que foram prejudicados). E muitas vezes na de quem nada tem a ver com a história, mas, simplesmente pelo prazer de julgar o outro, comentar a mazela alheia de uma maneira negativista.
O
adicto perde a noção. Isso é fato. Não quero defender, mas, faz parte desse processo todo em que ele mesmo se coloca. Nessa maldição que ele mesmo se lança.
Freud dizia que todos que conseguimos sentir culpa pelos nossos
atos, somos neuróticos (ou seja, a maioria da população). Os que são incapazes disso, são os chamados Perversos. Conviver com a culpa, significa que o tal rapaz que aqui falamos, sente essa necessidade de perdoar-se e ser perdoado.
Vendo pelo outro lado, imagino que as pessoas prejudicadas sintam essa raiva. Isso é natural.
O
adicto vive (não sei por quanto tempo) com esse estigma. Dentro da família, com os amigos (e aí é interessante que à partir desse processo, ele pode filtrar os VERDADEIROS amigos).
Enfim, tal e qual tatuagem marcada na face, ele carrega (não sei por quanto tempo) essa marca: - Aquele
alí é um viciado.
Cabe á ele, primeiro: desculpar a
sí mesmo. Segundo: Ter a coragem de pedir desculpas ou mesmo reparar os danos causados. e, Terceiro: Dentro de sua recuperação, ter a completa noção e o empenho de saber que mudou sua vida. "Eis que faço nova todas as coisas".
E seguir adiante, de cabeça erguida, rumo aos seus planos e sonhos.
* De hoje em diante,
estigmatizado estás.